Ácido Fólico na Gravidez – Saiba tudo
Ácido fólico na gravidez: dosagem, para que serve, quando e como tomar
O ácido fólico é um dos elementos nutricionais mais importantes para seu bebê. É também conhecido como vitamina B9 e reduz o risco de deficiências no cérebro e na coluna vertebral do feto, chamados deficiências do tubo neural.
Tomar esse suplemento na gravidez não engorda e serve para garantir uma gestação saudável e o bom desenvolvimento do bebê. O consumo deve ser iniciado bem cedo porque o tubo neural fecha nas primeiras 4 semanas de gestação, um período onde a mulher pode ainda não ter descoberto que está grávida.
A dosagem ideal deve ser orientada pelo obstetra e é aconselhado iniciar o seu consumo no mínimo 1 mês antes de engravidar. Reunimos principais dúvidas e respostas sobre o consumo do ácido fólico na gestação:
1. Quais são os benefícios para o desenvolvimento neurológico do bebê?
É durante as primeiras 4 ou 5 semanas de gestação que o sistema nervoso primitivo do feto se desenvolve, com a formação do cérebro e da medula espinhal do bebê. Após esse período, o tubo neural se fecha na presença do ácido fólico, um importante vitamina também chamada de B9. Caso contrário, o processo não se completa, podendo desencadear anencefalia ou deixar sequelas graves, como a impossibilidade de andar. “É uma coisa catastrófica que pode ser evitada com a simples ingestão do ácido fólico”, diz o ginecologista e coordenador de obstetrícia do Hospital São Luiz Soubhi Kahhale. Ele ainda evita doenças do coração, do trato urinário e fissuras lábio-palatinas no bebê.
2. Quais são as vantagens para a mãe?
Além de a mãe se sentir mais segura com o desenvolvimento saudável do seu bebê, ele também previne doenças cardíacas, alguns tipos de câncer e anemia. Lembrando: “O excesso não traz nenhum problema grave. O que faz mal é a falta”, aponta Kahhale.
3. Qual a melhor fonte de ácido fólico durante a gravidez?
“A mulher deve ingerir ácido fólico em comprimidos, em uma dosagem baixa de 400mcg (microgramas) diárias. Isso é uma recomendação da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, para todas as mulheres”, aponta Kahhale. A dosagem só deve ser maior, segundo o médico, em casos bem específicos. Os comprimidos são vendidos a baixos custos em farmácias e distribuídos no Sistema Único de Saúde (SUS).
4. A alimentação não é suficiente para suprir a necessidade de ácido fólico?
Não. Há uma lista grande de alimentos ricos em ácido fólico, como espinafre, brócolis, fígado, frutas cítricas, gema de ovo, tomate e ervilha. Desde 2002, as farinhas de trigo e de milho também são obrigatoriamente fortificadas com ácido fólico por determinação da Anvisa. Mas a quantidade de vitamina fornecida por essas fontes é insuficiente e, para complicar, o processo de cozimento dos alimentos ainda diminui o teor da vitamina.
5. Quando devo começar a ingerir?
No caso de uma gravidez planejada, se recomenda que no mínimo 1 mês antes de engravidar, a mulher comece a tomar os comprimidos de ácido fólico. Tudo isso sob orientações médicas, é claro, porque cada mulher tem um organismo diferente. “É recomendado ela tomar até os 3 meses de gestação, porque diminui ainda mais as chances de malformações do tubo neural do bebê”, explica.
6. É verdade que a pílula não combina com o ácido fólico?
Sim, a pílula anticoncepcional atrapalha a sua absorção pelo organismo. “O ideal é que uns três meses antes de a mulher começar a tentar engravidar, ela pare a pílula e comece a suplementação do ácido fólico”, indica Kahhale.
“Consulte seu médico”
Consultoria: Soubhi Kahhale, ginecologista e coordenador de obstetrícia do Hospital São Luiz, e pai de Pedro, Paulo e Raphael
Matéria – Paisefilhos.uol.com.br
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